quinta-feira, 7 de abril de 2011

De graça recebestes, de graça dai! por Valentim


Num dia, eu, juntamente com um jovem da igreja de nome Adamo, decidi chegar em casa de uma mãe que estava grave doente, e quando lá cheguei toda família estava dentro ao redor do doente. Eu pedi licensa e entrei dentro da casa e fiz a introdução sobre porque eu vim e para fazer o quê. E quando eu acabei de explicar que vim aqui somente para visitar o doente e pedir ajuda a Deus por ela, a mãe da doente disse: "Infelizmente não vai ser possível orar por ela agora, porque nós não temos dinheiro para vos pagar. Se ela curar e temos medo de dívidas porque nós gastamos muito dinheiro nos curadeiros."

Então eu respirei fundo por ouvir a palavra ''não temos dinheiro para vos pagar'' e depois eu disse para ela que toda nossa viagem era só por amor de Deus e não por interesse pessoal e financeiro. E quando expliquei, ela se sentiu livre e daí oramos por aquela doente. E agora ela está se sentindo bem, e a esperança da doente viver na família voltou. Foi maravilhoso!

Isso me fez entender que o mundo ou pessoas perdidas, não têm o que temos, não conseguem sentir o que sentimos e não vêm o que vemos, por isso há necessidade de ajudá-las.


Brigar por um corpo morto ou não? Eis a questão!

Esse mês tivemos um incidente interessante em uma das igrejas de Nacala, no bairro de Muzuane.
Um dos irmãos da igreja faleceu. Seu nome é Abudo Laimo, mas era conhecido por todos como pai Charifo! Ele foi um dos primeiros a entregar sua vida a Jesus quando a igreja de Muzuane começou, em 2005 e sempre manteve-se fiel e perseverante em sua fé. Era um irmão muito querido e divertido! Eu gostava muito de visitá-lo.

Assim que a notícia de sua morte foi ouvida aqui na escola (eu não estava presente naqueles dias) os professores e alunos se mobilizaram para ir ajudar a família. Normalmente, quando a pessoa que morre é cristã os muçulmanos não ajudam a enterrar (fazer o caixão, cavar o buraco, arrumar o corpo e enterrar) e essa muitas vezes é a ameaça que fazem quando alguém se converte: "Quando você morrer, não vamos te enterrar!"
Quando os professores chegaram lá, estavam começando a fazer o plano e os preparativos, a família do morto (tios, primos) veio e sem conversa levou o corpo embora dizendo que se era família deles, eles que iam enterrar. Esse irmão vivia com sua esposa na vizinhança da família da esposa e não muito perto de sua família.
As pessoas da igreja e os professores e alunos da escola não tiveram o que falar. Brigar pelo corpo? Com que objetivo mesmo? Quando tudo estava pronto, foram participar do enterro onde a família dele tinha preparado.

Quando voltaram, Agostinho (coordenador da escola) comentou com um sorriso: "Eles ficaram tão preocupados com o corpo morto! Nós falamos, levem o corpo, não nos interessa! Nós já o tivemos enquanto estava vivo e a alma dele está com Deus, isso que nos interessa!"

Ele escreveu no relatório dele: "Vimos que os muçulmanos ficam mais preocupados em amar e demonstrar o amor para um corpo morto do que para a pessoa viva. Demostrar amor para eles significa tratar bem do morto e entregá-lo na mão de Allah."

Nós não queremos ser assim... que possamos demonstrar o amor, o cuidado e o carinho de Deus aos vivos, enquanto há tempo!

Valentim escreveu no seu relatório: "Foi maravilhoso porque ele foi enterrado como muçulmano e foi recebido como cristão no céu. Foi triste ver pessoas que não sabem sobre o perfeito destino do ser humano a tomarem o corpo morto à força a fim de satisfazer suas vontades religiosas (cerimônias celebradas depois de 40 dias do defundo)."



Aula: Vivendo Perdão Imediato, Prof Lucas


Falando do meu trabalho neste mês foi muito bom. Deus está fazendo algo diferente na minha vida, tanto na vida dos alunos. Enquanto eu ensinava a matéria de Vivendo em Perdão Imediato Deus troxe paz na vida dos alunos, porque começaram a se perdoar uns aos outros e além disso haviam alguns que tinham problemas com a sua família e começaram a abrir o seu coração, compartilhar seus problemas, orávamos juntos e Deus trazia a paz na pessoa que ficava livre.

Quero contar un testemunho de um aluno que tinha problema com seus pais. No seu testemunho disse o seguinte: Ele tinha problema com seus pais, não havia comunicação, relacionamento até ao ponto do pai lhe rejeitar como filho e lhe expulsar da casa. Mas quando começou a ouvir de perdão ele ligou para o pai e lhe pediu perdão e o pai liberou perdão para ele e agora já estão a comunicar via telefone. E os pais já receberam Jesus Cristo!

Esses são os frutos de perdão. Quando a pessoa aplica na sua vida ele dá o efeito e traz o resultado da vitória, da paz e da alegria. O relacionamento é restaurado, o amor do pai para o filho fica em acção.