segunda-feira, 20 de novembro de 2006

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

+ Fotos da Escócia

Para ver o slideshow com mais fotos da Escócia, vá ao link abaixo!

http://img137.imageshack.us/slideshow/player.php?id=img137/6181/1163771356p24.smil

Bebi da mesma fonte que os morávios beberam!
Será que fui contagiada pelo fogo missionários desses nossos irmãos do passado!?

Seu lema ressoa até hoje:

NOS ESSENCIAIS - unidade

NOS NÃO ESSENCIAIS - liberdade

EM TODAS AS COISAS - amor

Boston - uma experiência com o amor!


Nosso amor por Jesus é nosso "common ground", é o que nos une, o que nos faz amar uns aos outros e no fim o que será como testemunho a todos.

Vim para essa reunião com pouca expectativa do que Deus poderia fazer. Td é tão diferente do que estou acostumada: maneira de culto, de falar, de pensar, de governo da igreja, expectativa do que acontecerá... tudo é tão diferente!
Haverá expectativa de Deus fazer algo? Foi isso que perguntei a Deus no início: "Pq não tenho expectativa na maioria dos cultos públicos?" Mas ainda num tênue raio de esperança pedi que Deus viesse! Que surpresa quando Ele veio! E que terreno comum maravilhoso temos no Senhor. Um lugar onde concordar sobre muitas coisas não importa tanto quanto simplesmente amá-lo, querê-lo.

"Senhor, batiza-me em amor, amor pelos irmãos e pelo mundo. Meu anseio não é entender todas as facetas e conhecer tudo o que está para acontecer no mundo. Meu maior anseio é amar! Olhar nos olhos do meu Jesus e segui-lo por seus olhos. Ser transformada e amar por seu olhar. E é isso que nos une, quer concordemos sobre tudo mais ou não!"

Esquecendo de todas nossas diferenças, quero amar, amar como Tu amas!

Pensando Sobre "See You At the Pole Day"


No dia seguinte ao que cheguei aqui na Carolina do Norte pude participar do “See You At the Pole Day”. É um movimento iniciado por um grupo de jovens estudantes no Texas em 1990 que cresceu para mais de 3 milhões de participantes em 1998. Foi uma iniciativa de devolver oração às escolas americanas (o que antes existia, mas foi abolido por lei federal). Nesse dia, estudantes do país todo se reúnem para orar ao redor da bandeira antes das aulas.

O tema desse ano foi: "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus". Na escola dali foi algo simples, com algumas orações, leitura de alguns versículos, louvor e distribuição de Novos Testamentos pelos Gideões. Ao mesmo tempo que foi simples, foi legal ver muitos alunos participando!

No mesmo dia vi na televisão uma reportagem toda tentando difamar um "Jesus Boot Camp" (estilo de acampamento), dizendo que ali se fazia lavagem cerebral nas crianças. Fiquei impressionada como a perseguição está começando a aumentar. Pelas cenas mostradas pela própria reportagem não havia nada com que eu discordasse. Eram crianças de 7 a 10 anos orando e chorando por si e pelo seu país, falando em línguas, orando contra drogas, aborto e pelo presidente. Tudo bem "normal" para nós e, no entanto, os apresentadores do progama que se diziam “cristãos desde criança” falavam que tudo aquilo era algo extremista, radical. A pastora do acampamento que foi convidada para se defender no programa falou bem direitinho e apesar de serem todos bem civilizados dava para sentir a tensão no ar. Ela disse que tudo o que querem fazer é treinar as crianças para serem tão firmes no que acreditam quanto os muçulmanos. E que é errado falar que crianças não podem ser ensinadas assim porque já estão sendo bombardeadas na TV e pela Mídia e de qualquer forma já estão sendo ensinadas algo.

O fundamentalismo realmente vai ser o que todos terão medo. Se essas crianças estivessem chorando e gritando por astros da música, ninguém estaria incomodado! Seria normal! Em breve haverá regras contra evangelizar criancas abaixo de 18 anos... como nos países comunistas e muçulmanos, mas dessa vez sob uma razão "civilizada" de que vc não pode pressionar uma criança, ela tem que ser "protegida" de coisas radicais assim! Imagine!

Já muitas pessoas aqui têm essa visão sobre criar seus filhos "imparcialmente", para que possam decidir por si mesmos quando crescerem o que querem seguir... eles não percebem que não há imparcialidade... sem vc não é por Deus, vc será contra Ele!

Diário em Darvel/Escócia

O caminho de Sheffield, onde encontrei com o Muir, até a Escócia é muito bonito, com montanhas, ovelhas e muito verde. O Salmo 23 parecia bem próximo!

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Aqui na Escócia tem sido um tempo bem tranquilo. Na verdade tranquilo demais, estou até ficando meio cansada de não fazer muito.
Na terça-feira fomos para uma reunião de líderes em Glasgow, que fica a uns 30 minutos daqui. É uma reunião promovida por um pastor chamado Keith e é tipo uma network entre os pastores da região.
Foi interessante ver que várias preocupações deles são as mesmas das nossas. A busca por uma nova expressão da igreja, mas o medo de ser simplesmente mais uma expressão exterior sem realidade interior. Um deles está envolvido em plantar igrejas no interior da Escócia, fora das grandes cidaddes. Ele disse que numa comunidade específica de 500-600 habitantes há 7 igrejas diferentes, mas ao mesmo tempo necessidade de outra igreja. Por quê? Porque todas são igrejas históricas muito presas a tradições. Mas como começar outra igreja nesse lugar? Como ser uma nova expressão, uma igreja com nova cara que alcance as pessoas além do seu preconceito, sem se tornar simplesmente a causa de mais confusão, divisão e transtorno!?
Fiquei pensando muito em "Casas que Transformam" porque se Jesus comecar a se manifestar na informalidade do dia a dia, não será necessário começar outra igreja, com outro nome, outro prédio, outra papelada do governo para alcançar uma vila como essa.
Eles não parecem ainda estar nessa fase de pensar tão fora do comum. Ainda estão bem presos à formalidade, mas achei positivo o fato de estarem se reunindo para discutir o assunto e orar juntos apesar de ser uma reunião rápida uma vez por mês.
Também pensei bastante no livro "A História que Não foi Contada" e em como hoje estamos fazendo história, quer para bem ou para mal, quer ativamente ou passivamente estamos escrevendo o que outros vão estudar no futuro (ou não, se Jesus voltar logo.... YEY)!
Tinha mais ou menos 20 pessoas na reunião.

Foi interessante ver que várias preocupações deles são as mesmas das nossas. A busca por uma nova expressão da igreja, mas o medo de ser simplesmente mais uma expressão exterior sem realidade interior. Um deles está envolvido em plantar igrejas no interior da Escócia, fora das grandes cidaddes. Ele disse que numa comunidade específica de 500-600 habitantes há 7 igrejas diferentes, mas ao mesmo tempo necessidade de outra igreja. Por quê? Porque todas são igrejas históricas muito presas a tradições. Mas como começar outra igreja nesse lugar? Como ser uma nova expressão, uma igreja com nova cara que alcance as pessoas além do seu preconceito, sem se tornar simplesmente a causa de mais confusão, divisão e transtorno!?
Fiquei pensando muito em "Casas que Transformam" porque se Jesus comecar a se manifestar na informalidade do dia a dia, não será necessário começar outra igreja, com outro nome, outro prédio, outra papelada do governo para alcançar uma vila como essa.
Eles não parecem ainda estar nessa fase de pensar tão fora do comum. Ainda estão bem presos à formalidade, mas achei positivo o fato de estarem se reunindo para discutir o assunto e orar juntos apesar de ser uma reunião rápida uma vez por mês.
Também pensei bastante no livro "A História que Não foi Contada" e em como hoje estamos fazendo história, quer para bem ou para mal, quer ativamente ou passivamente estamos escrevendo o que outros vão estudar no futuro (ou não, se Jesus voltar logo.... YEY)!
Tinha mais ou menos 20 pessoas na reunião.

Duas noitas essa semana fui em dois grupos caseiros diferentes. Quarta dos mais velhos na, casa da Geanne, ex-esposa do Muir. Foi bom, mas foi mais pregação que comunhão. A mensagem foi boa apesar de despencar em "temos que purificar a nós mesmos". Talvez eu esteja sensível demais a esse assunto, mas é dificil ouvir uma mensagem completa sem uma mistura de esforço humano.
Quinta foi o grupo dos mais novos onde as 3 filhas do Muir participam. Era uma reunião diferente para compor músicas. Como era a segunda desse tipo estavam colocando a melodia na letra. Conseguiram 3 q ficaram muito boas.

O pouco que conheci ao redor foi graças a algumas senhoras... a irmã do Muir, Marianne e a ex-esposa dele, Geanne, e duas outras senhoras me levaram para uma galeria de arte de Glasgow. Fomos de ônibus e fizemos o típico bus tour pela cidade, a melhor maneira de conhecer a cidade, porque passa pelos pontos mais importantes da cidade e o guia conta a história de cada coisa. É muito bom!

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Sábado fui para outra reunião em Glasgow. Dessa vez era uma reunião de brain storm da Missão WEC, que aí no Brasil chama AMEM. Foi bom para ver como as coisas funcionam por dentro, mas por não estar muito por dentro dos assunto, foi meio entediante. Triste ver também como a missão não se reciclou, desde a época em que foi uma grande base de lançamento para o mundo todo, especialmente quando o Irmão André passou por lá. Hoje todos os que estão involvidos estão acima dos 50. Não há jovens envolvidos!

15/09 - Sexta-feira

Essa semana nao foi uma das melhores... bom, poderia ter sido pior! Segunda foi um dos piores dias ever... sem muita perspectiva de coisas acontecendo durante a semana, o Muir trabalhando na construção, sem NADA para eu fazer... quase entrei em parafuso! Já tinha feito TUDO o que minha paciência permitia, ler, andar, assistir tv, orar, andar, comer... e o dia parecia que não acabava.
A perspectiva da semana parecia fúnebre... mas graças a Deus depois disso tudo melhorou! Era o fundo do poço, nao tinha como piorar!

Terça eu fiz algo que já deveria ter aprendido antes, COMUNICAÇÃO... perguntei para o Muir se havia algo com q eu poderia ajudar. Eu pensei q estava claro que eu queria ajudar quando eu ia várias vezes na construção e olhava para ver se tinha o que eu fazer... mas acho que isso não é suficiente... temos que FALAR, tudo se resolve com comunicação - bom, quase tudo!
Nesse caso, funcionou! Ele me colocou para pintar batentes de portas. Foi OTIMO... enfim, me senti util, fazendo algo que valesse a pena e usando o tempo! O dia passou rapidinho e eu estava feliz!

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Quarta tudo parou de novo, porque eles foram num funeral. Se tivessem me convidado eu teria ido, porque gostaria de ver um funeral europeu... mas ninguém chamou e achei melhor não me voluntariar... fiquei em casa, não fiz muito, mas como meu humor ja tinha melhorado, consegui aproveitar melhor o tempo. Terminei o livro "Contrabandista de Deus" do Irmão Andre e tive um bom tempo com Deus.
A noite falei no grupo caseiro. Foi muito bom!

Quinta choveu e não dava para o Muir trabalhar na
construção, entao fomos para Glasgow buscar minha Bíblia que tinha esquecido lá na semana passada... aproveitamos a viagem para ir no People's Museum.
Todos os Museus em Glasgow são gratuitos... muito legal! A noite fui no outro grupo de comunhão, mas nesse não falei... tinha um convidado para falar sobre o império romano na época de Cristo. Foi interessante.

Hoje está um dia lindo, ensolarado, ótimo para construção, mas o Muir acordou meio ruim, com gripe. Como a noite vamos para uma reunião Missionária em Glasgow, ele decidiu descansar para conseguir forças para a noite.
Eu saí para andar nas trilhas ao redor da vila e acabei aqui, na casa de uma das filhas dele, para escrever email!

"Será q ele sempre dirigiu tao mal assim e eu nunca percebi?" era a pergunta que ressoava em minha mente quando enfim chegamos em casa sexta feira a noite. Na verdade os 30 minutos da ida e da volta para Glasgow foram de completa tortura com essa pergunta compartilhando espaço em minha mente com uma pequena oração: "Sr, permita-me chegar em casa inteira e viva!"
Por fim cheguei a conclusão que sim, ele sempre foi meio doido no trânsito, mas não, naquele dia era o extremo.
Muir não estava se sentindo muito bem, mas como tinha marcado de me levar para falar numa igreja em Glasgow fez o esforço de me levar e trazer, para grande aumento da minha fé! Ele não parava no centro de nenhuma faixa - entre essa extremidade, quase caindo nos buracos que aqui são muito próximos da estrada, muitas vezes sem acostamento, e aquela outra extremidade rodando sobre os sinalizadores do centro da estrada sem se dar conta de que essa era a razão pq o carro tremia tanto e muitas vezes passando "um ralo" dos outros carros vindo na direção oposta!
Isso sem contar qdo dirigia exatamente no meio da estrada de duas mãos arriscando acertar de frente com carros dobrando esquinas sem que pudesse prever. E também, sem contar as freadas "em cima" quando parecia não perceber até em cima da hora que os carros da frente estavam freando. E, claro, a pior hora foi quando tentou ultrapassar um carro na saída de uma auto-estrada e além de quase bater nos dois carros, subiu no degrau do canteiro que divide as duas estradas (tipo uma bifurcação). Podem ver como foi uma noite emocionante, me inspirou!!!
A única coisa que conseguia me fazer parar de pensar no risco que eu corria era tentar achar palavras para descrever a situação. Novamente parte de uma compulsão de quem ama escrever: vivemos "pela metade" tamanho o esforço mental de achar as palavras adequadas para descrever cada situação.

Enfim, sobrevivi!!!

A reunião só tinha 5 pessoas, fora eu e o Muir, mas mesmo assim compartilhei sobre o trabalho e a visão de Mocambique. Acho que a expectativa deles era bem baixa porque quando viram que ninguém mais vinha sugeriram ter so oração. O Muir insistiu para que eu falasse e eles gostaram muito! Foi uma boa oportunidade e contatos jé que dois presentes eram pastores de Glasgow e ficaram de contactar para continuar recebendo notícias. Deixei uma brochura e folhetos com eles. Acho que no fim o saldo da noite foi positivo pq uma aventura na estrada nem conta tantos pontos negativos assim! :)

16/09 - Sábado
Fomos para Glengoe Village. O que tem lá? Praticamente nada na vila em si, mas no caminho até lá tem muita coisa.
`A mais ou menos uns 200kms norte de glasgow a região toda é cheia de montanhas. O Muir costumava subir essas montanhas qdo jovem e tinha uma história sobre cada uma delas.

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Paisagens lindas, muitas fotos e um dia razoavelmente relax entre paisagem linda, som de água corrente e um motorista bem melhor do que ontem.
Quase não fomos por ele não ter passado bem ontem, mas como estava melhor resolvemos ir. Ele falou que se não tivéssemos ido ia ter arrependido, pq estava se sentindo praticamente normal e o dia estava PERFEITO, o que é meio raro nessas áreas - lindo céu azul e sol radiante a maior parte do dia e só um pouco de névoa no restante.
Na volta paramos no Drover's Inn, um pub com mais de 300 anos de existência, imagine! O lugar tem cara disso mesmo! :)
Comi uma "Hunter's Chicken" Maravilhosa!!
Estou feliz q o fim da estadia aqui na Escócia está sendo bem melhor que o começo. Estou aprendendo o que fazer da próxima vez (se houver), como planejar melhor a viagem - mas acho que dentro do meu pouco conhecimento de cada lugar teria sido muito difícil prever cada coisa. Tem sido bom!

19/09 - Terça-feira
Domingo o culto foi muito bom. Geralmente quando chega a hora da despedida é que percebemos o quanto as pessoas se tornaram preciosas para nós. Foi bom conhecer a família do Muir e gostei de passar tempo com a neta dele, Kayleigh, que ficou na casa comigo.
Compartilhei sobre Moçambique e o desafio pegou!! :)

Segunda acordei em Londres, depois da noite toda viajando num ônibus furreba, de banco estreito sem encosto para os braços... gracas a Deus Ele me deu um sono abençoado e consegui dormir quase a noite toda, apesar de acordar dolorida!
Peguei um trem de Londres para Hayward's Heath, revi os amigos da igreja do pr. Jacky e na manhã seguinte voei para os States.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Diário em Sutton Coldfield/ Birmingham

31/08/2006 - Quinta-feira

Estou em Sutton Coldfiel, 30 minutos de Birmingham. Estou ficando na casa da Margareth, que vive sozinha e é da igreja do Henry.
Cheguei de ônibus e o Henry e a Margareth foram me buscar em Birmingham. Chegamos, jantamos e fomos visitar o filho do Henry que é casado com a filha do Bob Edminston, "dono" da Visão Cristã, que me sustentou nos 3 anos que passei em Moçambique. Mundo pequeno!! e Casa grande!!
Também passamos no "The Well", que é tipo um point dos jovens que eles estão alcançando num bairro mais carente. Acho que o tempo aqui vai ser bom, bem mais calmo que em Hayward's Heath, mas bom!

01/09/2006 - Sexta-feira

Hoje foi aniversário da Margareth. Tivemos um dia bem agitado!
Tomamos café reforçado, um "full british breakfast" com direito a bacon, ovo, tomate, torrada, suco de laranja e tudo mais! Fomos visitar a vila onde Shakespear nasceu: Stratford Upon Avon.

No caminho para lá passamos por várias outras vilas, vimos dois castelos por fora. Era muito caro para entrar neles e não teríamos muito tempo para ver tudo mesmo, então só tiramos foto. Um chama-se Green Castle e está só em ruínas. Era onde os reis ficavam quando queriam caçar. Fica perto de Coldfield que era uma das melhores áreas de caça - até hoje tem um parque/reserva bem grande (12 milhas quadradas)! O outro castelo se chama Warwick Castle e é mais novo, maior e mais bonito. As vilas ao redor também são muito lindas, com casas bonitas e lindos jardins! Passamos pela vila onde a Patty (esposa falecida do Henry) cresceu e vimos a casa que era da família dela. Foi bem nostálgico para o Henry porque fazia uns 30 anos que ele não passava por ali e ficou lembrando das muitas vezes que fez aquele caminho de moto mesmo no inverno com neve. Por fim, umas 5:00 da tarde chegamos ao nosso destino. Vimos onde a esposa de Shakespear cresceu e o teatro construído em homenagem a ele e suas peças. O Henry já estava muito cansado, já tinhamos nos perdido várias vezes e tínhamos um longo caminho de volta então saímos umas 6h.
Fomos jantar num restaurante chamado Fox, onde servem Cavering, que é tipo um churrasco pequeno. Tava muito gostoso e eu comi demais.

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Tem sido muito bom passar tempo com ele. Acho que ele ainda sente muita falta da esposa e diz que a igreja também, mas ele não deixa transparecer muito. Ele tem problema de pressão alta e às vezes passa muito mal com os remédios. Ele tem muita vontade de voltar para o Brasil. Ele disse que pastorearia uma igreja em Monte Mor! Já que ninguém mais quer!! hehehe..Acho que ele deve visitar MM ano que vem com o Muir! Ele gostou muito da nossa família e fala sempre sobre o vovô e sore como a Patty gostou da tia Geralda. Também conta as enrascadas em que o Muir os metia e várias piadas sobre os escoceses!

02/09/2006 - sábado
Hoje tivemos um dia bem relax. A tarde fomos ver a Catedral de Lichfield, da Church of England Church, também conhecida como a Three Spears Cathedral. Enorme e antiquíssima. Tinha uma ordenação de muitos ministros terminando quando chegamos e deu para tirar muitas fotos, apesar da chuva! O Henry fez sopa para nossa janta e tivemos um ótimo tempo de comunhão e assistindo TV.


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03/09/2006 - domingo
O culto na igreja do Henry foi bom! Bem diferente e interessante! Eles se reunem num salão que durante a semana é usado pelo Centro Jovem e Centro Social, tipo algo da comunidade. A maioria da igreja é de mais idade, mas são uma igreja bem viva e amável.
Engraçado, o povo de Birmingham é bem diferente do sul da Inglaterra. São menos sofisticados, mais roceiros, acho que posso dizer. O sotaque deles é bem diferente e chega a ser engraçado. Eles falam: "This is me bike..." em vez de "... my bike..."Eu falei para o Henry que ele fala assim e ele jura que não.
Quando você passa a primeira casca "polida" do povo inglês eles são na verdade extremamente amáveis, hospitaleiros, chegando a ser calorosos - pelo menos os cristãos que tenho conhecido.
Também é interessante como essa igreja tem um trabalho com crianças e adolescentes, mas são todos tão mais velhos! Mas fazem um bom trabalho e são bem aceitos por esses grupos que chegam a ser quase gangues mirins!
Ao contrário de Hayward's Heath, aqui eles têm bastante problemas sociais, e até de segurança. Tem muitos imigrantes na área (indianos, asiáticos, africanos) e muitos dos próprios ingleses de níveis sociais baixos. Os jovens com quem eles trabalham são de vizinhanças bem pobres (bom, pelo menos para o nível daqui). Mas no domingo a maioria deles não vai para a igreja. São só os velhos e alguns casais mais jovens.
O louvor é bem mais de declaração do que de adoração, me fez lembrar um pouco as fitas que o papai trouxe da Inglaterra há muitos anos atrás. Acho que estive então numa igreja mais genuinamente inglesa, do que a do sul que tem influência africana. Eles movem nos dons com naturalidade durante o louvor mas sem deixar tempo demais para isso. Eu preguei. Ele queria que eu falasse sobre o Brasil, Monte Mor e Moçambique, então falei sobre tudo isso e mais um pouco.
Eles convidaram o Brett que é zimbabueano (um dos poucos jovens que começou a ir à igreja há uns meses atrás) para almoçar conosco. Comemos salmão, assistimos Brasil x Argentina (ótimo jogo aqui pertinho, em Londres)!
Ah, o Henry me levou para dar uma volta na moto dele! Super fashion! Amei, quas quis dirigir sozinha, mas depois pensei no custo da moto e desisti! É quase uma Harley Davison, mas menor, porque ele é baixinho! Perfeita para mim, porque também é leve!

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quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Para mais fotos clique no link abaixo...

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LONDRES


Londres ontem foi uma experiência e tanto!
A cidade toda tem muito em comum com Times Square/NY no sentido de que tem gente do mundo todo, usando as roupas mais diversas e interessantes.

Um lugar para se admirar as pessoas: cosmopolitano.
Tem tantos pontos turísticos não muito distantes uns dos outros, é uma cidade fascinante!

O Pastor Jacky me levou para ver a cidade toda em um dia! Andamos de Victoria Station até o Big Ben e o London Eye. Fomos no London Eye que é uma roda gigante enorme patrocinada pela British Airways. Você vê toda a cidade lá de cima e como todos ficam dentro de compartimentos de vidro pode se ver todos os lados bem claramente.
De lá pegamos o bus ride - são ônibus de dois andares com o andar de cima descoberto e o guia vai falando sobre os prédios ao redor. Graças a Deus não choveu quase nada todo tempo que estávamos lá. De manhazinha tinha chovido torrencialmente e quando chegamos tava meio que chovendo (umas 11h30) mas foi só. O resto do dia ficou entre sol e nublado. Lindas fotos! Com esse ônibus passamos pela London Tower Bridge, a famosa ponte que abre para navios passarem.



Descemos num ponto de onde continuamos de barco pelo Rio Thames, que cruza a cidade no meio e tem várias pontes ligando os dois lados, cada uma com uma história diferente. Uma em homenagem a Rainha, outra construída por mulheres durante a guerra, a millenium bridge que ficou apelidada de Wobbly bridge (ou algo do gênero) porque quase caiu devido a excesso de pessoas atravessando logo depois da inauguração. Ah, a Tower Bridge não abre muito agora, porque não tem tantos navios altos passando, mas quando tínhamos acabado de entrar no barco, pertinho da ponte, um barco com mastros altos ia passar e ela teve que ser aberta - click, click, muitas fotos!
De onde descemos do navio continuamos de ônibus. Vc paga 20 pounds para usar esse ônibus por 24hrs e ir no river cruise. Bem carinho, mas vale a pena para quem quer ver tudo em um dia. Passamos pelo Palácio de Bukingham e descemos ali perto. Mais clicks e andamos de volta para Victoria Station.

Foi um dia muito agradável!

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Diário em Hayward's Heath

18/08/06 - sexta-feira

Eu não vim para Europa em busca de diversão, lazer, férias. Não vim preparada para isso, não vim com essa expectativa. Como a maior parte do fim de semana com os jovens foi planejada para ser com entretenimento, fiquei meio sem lugar.

Hoje o dia foi bom, consegui conversar com vários adolescentes, fazer um pouco de amizade, me misturar. Eles são preciosos, alguns são cheios de problemas apesar de serem de famílias muito ricas. Não se vê muito propósito de vida fora do materialismo em que nasceram. Esperava mais tempo espiritual com eles, mas na verdade são um grupo bem imaturo espiritualmente. Pouca concentração e interesse médio ou pequeno na palavra e nas coisas de Deus.
Sei que é uma visão parcial, mas tudo o que pude observar já que o dia todo estávamos fora fazendo coisas divertidas (vendo um show de aviões de guerra, brincando na praia - fomos e voltamos de ônibus) e só agora a noite tivemos uns 40 minutos entre louvor e palavra (compartilhei meu testemunho muito rápido porque via a atenção deles se discipando). Sei que muitos são recém convertidos e muitos ainda estao no processo de conversão, mas oh Deus, tem misericórdia!



Tudo vai bem até aqui. Um pouco desapontada, querendo coisas espirituais - meu espírito está faminto - mas agora meu corpo esta cansado.

19/08/06 - sábado

Por um lado estou um pouco desapontada, sim! Desapontada porque esperava ter mais tempo "espiritual" com os jovens aqui, esperava que tivéssemos mais louvor, mais palavra, mais tempo de busca a Deus. Acho que estou um pouco "estragada" pelos nossos encontros no Brasil, pela intensidade e fome dos jovens aí.

Hoje a noite a reunião ajudou a quebrar um pouco meu desapontamento. O louvor foi muito bom com alguns momentos bem especiais e senti muita unção na palavra. Falei algumas coisas que tinha planejado, mas foi muito vivo pois o louvor trouxe bastante presença de Deus. Mas mesmo esse tempo não tirou completamente o desapontamento porque fiquei pensando o quanto seria bom se pudesse ter mais tempo com mais prioridade. Uma hora de culto, com 40 minutos de louvor e 20 de palavra é simplesmente MUITO POUCO. Especialmente quando eles já estão cansados depois de um dia cheio de muita atividade física (jogos e competições num campo aberto) e o culto comecou às 8h30.



Hoje de manhã fiz o devocional com eles. A atividade antes do devocional também. Organizei tipo um torta na cara (mas sem torta, só pasta de dentes) com perguntas bíblicas. Os líderes me assustaram dizendo que eles não sabiam nada, mas até que responderam bem (fiz perguntas muito simples, como faria em Moçambique). No devocional falei sobre Daniel com os meninos e Raabe com as meninas. Novamente os líderes tinham me assustado dizendo que os teens são pouco participativos, mas achei que foi até bom, talvez porque a expectativa já estava meio baixa e como a maioria foi bem responsiva, até que gostei. Acho que os líderes realmente não aproveitam bem os jovens - se forçassem mais, teriam mais resultados.

Já me enturmei bem com quase todas as meninas. Sao mais ou menos 15 meninas e 5 meninos. Estou bem e feliz, mas meu espírito está desejoso por mais, tinha maiores expectativas espirituais. Deus continua bom e fiel, sempre!

20/08/06 - domingo
O Cristianismo ainda é pregado como algo para nós fazermos, um esforco, um incentivo para nos tornarmos mais santos, mais puros, mais certos. Hoje no devocional o líder dos jovens falou algumas coisas que me fizeram ver o tanto que o evangelho tem sido modificado em todo mundo. Ele disse: "Não se espera de nós que não pequemos, mas que procuremos viver a vida mais santa possível." E citou os trapos de imundícia como sendo nossos pecados e não nossas boas obras. Como consequência todos são incentivados a fazer mais "boas obras", aumentando assim ainda mais os próprios trapos de imundícia.
Por outro lado, como mudar isso em jovens tão confusos e já cheios de complexos e problemas? Como dizer a eles que não prestam!? Que tudo que tentarem fazer de bem não tem utilidade alguma e não vai ser aceito por Deus. Como fazer isso sem levá-los à mais baixa auto-estima ao ponto de quererem se matar... credo! Acho que estou exagerando. O que não vemos é que na verdade essa é a única saida, a única verdade, a única solução para um mundo esforçado e sempre falhando. É só Jesus, só vê-lo, buscá-lo, ansiar por Ele. É algo que não pode ser planejado, programado, trabalhado. É um anseio que tem que nascer nos nossos corações na realidade.

21/08/06 - segunda-feira


Ontem foi um dia divertido. Depois que saímos do Youth Hostile (onde estavamos hospedados) umas 11h fomos para a margem de um rio não muito grande. Fizeram churrasco (basicamente hamburgers e salsicha) e passamos o resto do dia lá. Foi bom me sentir uma parte do grupo e já conseguir me conectar com os adolescentes e outros líderes. A gente brincou de french criquet (não muito cansativo), pulou no rio GELADO e depois saiu nas canoas para explorar o rio. A nossa canoa no início só vivia embaixo das árvores na beira do rio, mas depois pegamos a manha e conseguimos navegar reto. Foi bem divertido!

Minhas impressões sobre a Inglaterra


Tudo aqui é muito bonito e organizado. Muito limpo e no lugar. As casas são bem em cima uma das outras (densidade demografica muito alta).
No caminho para Eastbourn tinha muitas paisagens lindas de campos e vales com ovelhas, riachos etc... muito lindo mesmo! Hayward's Heath é uma cidade bem privilegiada. A maioria das pessoas é muito bem de vida. É uma vila bem calma. Todo mundo deixa a porta da casa aberta, carros com chave no contato... bem seguro.
As casas sao todas bem parecidas umas com as outras, de tijolinho a vista com chaminés... bem estilo ingles mesmo... haha.. claro!
As ruas são bem estreitas com muito verde ao redor, cheias de curvas.
O pessoal é bem educado, mas uma das coisas que o pr. Jacky logo me falou que estranhou quando chegou (pois é sul africano) é que as pessoas não se cumprimentam na rua... tipo, você passa na frente da casa do vizinho todos os dias, mas ele nunca vai te cumprimentar se não forem formalmente apresentados. Depois que forem apresentados formalmente aí eles sempre cumprimentam! Tudo bem formal, especialmente com os adultos.

Pensamentos em Times Square/NY


"Há mais taxis do que carros,
Mais línguas estrangeiras do que inglês,
Mais turistas do que americanos.

Flashes, outdoors eletrônicos, lojas, restaurantes, propagandas...
Tantos filmes filmados aqui,
Um lugar tão famoso e tão popular.

De início é como estar na Avenida Paulista em SP,
mas isso é antes de realmente sentir o lugar!
Há pessoas falando todas as línguas que você pode imaginar,
Desde poloneses quase transparentes com suas muitas consoantes,
Passando por um um casal africano falando um dialeto cheio de vogais,
Até chegar a algumas garotas asiáticas com seus ding, dong, dangs!

Os 'nativos' vestidos em ternos profissionais,
com fones de ouvido (pois segurar o celular já é coisa do passado),
e pastas de trabalho caminham em mais um dia corriqueiro,
Enquanto a grande maioria veio de muito longe,
está tendo um dia inesquecível,
visitando o lugar dos seus sonhos!

E eu, no meio disso tudo...
simplesmente cansada, sozinha, sonolenta
e pronta para voltar para o hotel e dormir!"
Times Square

AQUI COMEÇA O DIÁRIO DA MINHA VIAGEM



REINO UNIDO E ESTADOS UNIDOS

18/07 a 22/10/2006