segunda-feira, 31 de março de 2008

+ lágrimas...

lágrimas que são preciosas!

Lágrimas que saem de olhos abertos…

Correm assim lágrimas e lavam nosso rosto…

E toda nossa alma aliviam, essas lágrimas

Elas oram mais alto que nossas palavras!


lágrimas que tiram o nó da nossa garganta,

Que liberam os sentimentos mais profundos!

Mas as lágrimas mais preciosas,

São as que saem de um coração que obedeceu!


Essas saem livres, sem encontrar barreiras…

Correm mornas, por uma bochecha que sorri…

E caem sobre mãos e pés que perseguem o Mestre!


Elas não são escondidas, justificadas, racionalizadas…

Elas simplesmente são o que são…

Vulneráveis, sinceras, coeerentes!

Elas falam de gratidão, de adoração…

Elas expressam amor, sacrifício e ao mesmo tempo total contentamento!


Essas são as lágrimas que eu quero derramar!

Elas eu não vou esconder!

quinta-feira, 27 de março de 2008

on a cross road

Era somente uma menina, caminhando pela vida cheia de teorias. Inocente e ignorante quanto aos tramas e sofrimentos do coração. Caminhava feliz e confiante. Cabeça erguida, fé sem ondas, certa do que era, do que fazia e para onde ia.

Às vezes orgulhosa, é verdade. Mas como sentir compaixão por dores e fraquezas para ela desconhecidas?

Às vezes sentia-se só.
Mas as flores do caminho logo perfumavam o seu dia e tornavam-se suficiente companhia.

Às vezes perguntava-se se havia algo errado consigo, pois de certa forma não entendia o sofrimento.
Mas como poderia?
Há sofrimentos que só vêm por causa do amor, e esse amor ela ainda não conhecia.

Era somente uma menina, caminhando pela vida!
Mas e então? O que mudou?
O que aconteceu com a tal menina?

Acho que primeiro ela começou a entender o que é o amor!
Ela amou e sentiu o que é dor por amor.
Muitas vezes ela perguntou-se: Por que isso não pode ser simples, como todas as outras coisas na minha vida? E então ela entendeu – amar não é como nada mais experimentado, é único, é maravilhoso e ao mesmo tempo grandemente perigoso.

Pela primeira vez ela entendeu o que muitos outros passavam, sentiu verdadeira compaixão.
Viu que há lições que nenhuma teoria lhe pode ensinar.
Há lições que precisam ser vividas, experimentadas, pois é em meio ao sofrimento que nosso coração é amolecido.
Jesus tanto aprendeu pelas coisas que sofreu. Como poderia ser diferente comigo? - ela pensou.

A menina continuava a andar, porque algo que ela não sabia era parar! E andando ela chegou a uma encruzilhada… não pequena, não simples. Uma daquelas grandes que te levam para um lado ou para o outro completamente oposto.
E ali, a menina que não sabia parar, parou… indecisa.
Ela queria perguntar porque não podia ser simples como as encruzilhadas anteriores, onde ela não precisara parar para decidir, mas ela compreendeu… essa era uma pergunta do passado!
E lembrou-se: “deixando as coisas que para trás ficam, prossigo!” PROSSIGO! Para onde, se estou numa encruzilhada? – ela pensou – Se eu soubesse para onde, não seria difícil prosseguir.
Mas ela lembrou que o alvo não é um lugar, não é algo externo. O destino é um relacionamento, é o caminho, é quem ela é, quem ela se torna – e o parar na encruzilhada está moldando quem ela é.
Enfim, se você se pergunta: Onde está ela agora?
A resposta só pode ser: Parada na encruzilhada, no processo de ser amolecida e moldada!

(inspirado no blog da Ariadna, cheio de narrativas...)

sábado, 8 de março de 2008

Recuperação da Deborah

Quando chegamos a Nacala, Deborah e Ashira estavam muito doentes com malária. Ashira respondeu normalmente ao tratamento, apesar de ficar bem fraca por algumas semanas. Deborah porém não estava respondendo aos remédios e cada dia ficava mais fraca, deixando de comer, beber e até falar. Seus pais, que vieram ajudar quando ouviram da gravidade da situação, já estavam decididos a voá-la para Malawi, onde poderia receber um melhor tratamento. Mas quando chegaram a Nampula, Deus orquestrou tudo de forma perfeita para que fosse atendida numa clínica privada, recém-inaugurada e onde ela recebeu um bom tratamento. Apesar disso, a luta foi muito grande.

Minha mãe enviou emails naqueles dias, pedindo oração, e sei que muitos de vocês guerrearam conosco no mundo espiritual pela vida dela. Tínhamos certeza que não era vontade de Deus que uma jovem mãe como ela perdesse a vida para malária! Durante uma semana, ela quase morreu três vezes, mas Deus foi vitorioso (como Ele é!!!). Num sábado de manhã, depois da pior noite que ela tivera, um milagre aconteceu.

A mãe dela, Ellie, conta que passara a noite acordada, pois pelas condições de Deborah, ela temia que se cochilasse, podia acordar e encontrar a filha sem vida. Durante toda a noite, apesar de sem forças, ela só conseguia crer no que sabia ser Verdade, a vontade de Deus era a vida! Pela manhã, descobriram que a contagem dos glóbulos vermelhos era assustadoramente baixa e oraram: “Jesus, precisamos de uma transfusão do Teu sangue, pois o sangue dela não resistirá!” Em questão de 20 minutos, Deborah estava 100% melhor. No mesmo dia foi dispensada da clínica, com o sangue praticamente normal! Glória a Deus!

Eu tenho certeza de que a oração de cada um de vocês foi o que a manteve viva e a fez recuperar! Foi um milagre e eu agradeço pelas orações. Deborah já está em casa, ainda um pouco fraca, mas se recuperando a cada dia. Por favor continue orando pela completa recuperação e fortalecimento do seu corpo.

Nessa época de muitas chuvas, há muita malária e temos ouvido de muitas pessoas morrendo em questão de dias. Sabemos que, apesar de tomarmos todos os cuidados possíveis, somos protegidos somente pelo sangue de Jesus e pedimos que continuem orando por nossa saúde, para que possamos continuar lutando a boa batalha e vendo os frutos para o Reino. Também pedimos oração por outras pessoas ao nosso redor, que têm estado doente, para que sejamos instrumentos de Deus para levar a fé e a cura até elas.

Apresentando a Equipe em Nacala

Além de Susana e Dora, temos duas outras famílias na equipe de Nacala! Em breve teremos mais três moçambicanos, sendo treinados para serem professores na Escola de Discipulado, mas vou apresentá-los quando chegarem!


Jeff e Nicky são americanos e estão no seu 8º. ano em Moçambique. Antes de virem para Moçambique eram donos de uma multinacional na área de fibra ótica, muito bem sucedidos. Em 1990 receberam uma visão e um chamado, portanto sabiam que aquela não seria sua vida para sempre, Deus os levaria para outro lugar. Em 2000 vieram pela primeira vez para Moçambique e viram, diante dos seus olhos reais, o que haviam sido revelados pela visão de dez anos antes. Imediatamente, deixaram tudo para trás e vieram para África. Os primeiros 4 anos passaram em Inhaminga, cooperando com a escola de treinamento de líderes ali. Há pouco mais de três anos Deus os trouxe para o Norte, onde a grande necessidade já os chamava desde que chegaram em Moçambique. São os fundadores e diretores da Escola de Discipulado Afrika Wa Yesu Nacala. São líderes muito preciosos para nós (Dora e eu), nos tratam como filhas. Muitas vezes me pergunto se não damos mais trabalho para eles do que os ajudamos! :) Mas eles dizem que não! Temos aprendido muito com eles.


Chris, Debs, Gabriel e Ashira trazem o sentimento de família para nós, solteiras na equipe. Deborah é filha do Rod e da Ellie (fundadores da AWY), morei com ela no CFNI, em Dallas e nos tornamos muito amigas. Fui madrinha no casamento deles em 2004. Hoje vivem aqui em Nacala e estão começando uma Escola Vocacional para ensinar profissões aos alunos formandos das escolas bíblicas, especialmente aqueles que, vindo do islamismo, são expulsos das suas famílias. Já começaram a ensinar marcenaria e administração à maneira de Deus. No futuro terão outros cursos como: trabalho com metal, corte e costura, construção, informática etc.

quinta-feira, 6 de março de 2008

O MEIO É O FIM!


A caminhada rumo ao nosso destino
faz parte do treinamento,
e o processo pelo qual passamos para chegar lá
é tão importante quanto a chegada em si!

Você é o que você ouve!

Cada vez que ouço sobre um ex-aluno que se desviou, ou um embaixador que está com uma péssima atitude, ou caiu em pecado e recusa-se a reconhecer e arrepender-se sinto uma grande responsabilidade sobre mim. Afinal, Tiago diz: “Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo.” (3.1)
Não que eu subestime a liberdade pessoal de fazer escolhas ou a responsabilidade pessoal de cada cristão (ou não cristão) diante de Deus. Mas tenho pensado muito sobre uma frase, ou um conceito: “Somos resultado da Palavra que ouvimos”. Sabe aquelas frases de revista: “Você é o que você come”? É mais ou menos o mesmo conceito, só que em vez de entrar pela boca, entra pelos ouvidos.
Se a Bíblia diz que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, acho que estou certa quando digo que somos resultado da Palavra que temos ouvido. Assim, o nível das vidas das pessoas que nos ouvem têm uma direta relação com o que estamos falando e, como professora, não posso deixar de ser desafiada pelas vidas dos meus alunos.
Se alguns no campo missionário se perguntam: “Por que esse povo é tão duro?” ou “Por que não deixam seus maus caminhos?”, eu clamo: “Senhor, até quando? Purifica a Tua Palavra até que gere o fruto devido e digno do Teu Sangue!”
Eu creio numa Palavra que vai produzir a Igreja Gloriosa que trará Jesus de volta! E eu quero proclamar essa Palavra! Quero vivê-la e então proclamá-la!
E eu começo com o que tenho...
pelos próprios frutos sendo desafiada...
mas não desistindo...
mas não me conformando...
Simplesmente prossigo!