Nacala, Marco 10 de Marco
Alguns de vocês devem se lembrar de que no ano passado pedi oração sobre a situação da pista de pouso de Inhaminga. A pista fica na propriedade da escola bíblica e é simplesmente um longo pedaço de gramado onde o aviãozinho da missão sempre pousa. Esse avião foi doado ao ministério há muitos anos e tem sido usado pelos diretores para transportar comida à áreas de difícil acesso durante épocas de fome, transportes rápidos de emergência e tem se tornado ainda mais útil nos últimos anos em que a missão expandiu-se para duas outras áreas, Pomene (bem ao Sul de Moçambique) e Nacala (bem ao Norte) de difícil acesso por estradas de terra batida cheias de buracos.
Em 2004, logo antes das últimas eleições presidenciais houve uma grande confusão na vila de Inhaminga, com tiroteio entre alguns membros do partido de oposição e a polícia. Foi quase um início de guerra que assustou muito todo país. Por esse motivo, a pista de pouso foi fechada. O governo sempre desconfia que nosso ministério está fazendo contrabando de armas para a oposição – algo totalmente infundado e sem lógica. Assim, desde aquela época encontraram muitas desculpas para manter a pista fechada, e dificultando assim muito nossa movimentação.
Os diretores levaram a situação muitas vezes diante de Deus e todas as vezes receberam a paz de não vender o avião, pois ele ainda é uma ferramenta de Deus para sua obra. Sendo assim, mantiveram o avião em Zimbabwe, esperando o momento oportuno para voltar a usá-lo.
Esse ano, a informação de que a pista havia sido aberta! Aleluia, que grande alívio para todos. Mas esse foi somente o começo de uma batalha bem forte. Um piloto de outra fundação não governamental que tentou pousar em Inhaminga, com todas as autorizações verbais dos aeroportos e controles necessários, quase foi preso. Todos que lhe deram a autorização negaram tê-lo visto ou falado com ele. Foi um grande transtorno que demorou semanas para ser totalmente resolvido.
Mais uma vez informaram que a pista estava aberta. Rodney, diretor fundador da Afrika Wa Yesu decidiu trazer o avião que já não podia ficar em Zimbabwe pelos alto custos de estacioná-lo ali e dificuldades de documentação.
Numa semana em que o Espírito Santo estava agindo com grande força entre os alunos recém chegados em Inhaminga a data foi marcada para a chegada do avião. Todos os documentos necessários para o pouso foram liberados em Beira e Maputo, dessa vez escritos para evitar confusão.
Algumas noites antes do dia marcado, a equipe da missão se reuniu para orar. Deveríamos continuar com os planos? Ouvia-se o boato que os pedidos de outras organizações para pousar em Inhaminga haviam sido negados, sob a declaração de que a pista ainda estava fechada. Por que então Rodney conseguira os documentos? Seria uma emboscada, uma oportunidade para líderes políticos que não vêem com bons olhos o trabalho missionário prender nosso diretor? A decisão não era simples. Cancelar seria falta de fé, ou sabedoria e cautela? Seguir em frente seria demonstração de fé ou presunção? As conseqüências do que decidiríamos seriam grandes. Mesmo com os documentos escritos do governo, aqueles que conhecem como essas coisas são na África sabem que não há terreno seguro. Mas depois de orarmos e buscarmos a Deus, todos sentimos paz e confiança de que devíamos seguir em frente com os planos. As promessas de Deus em relação ao avião e ao que Ele intentava fazer eram reais e Ele seria fiel em cumprir sua palavra.
No Domingo, dia -, o avião chegou – depois de mais de dois anos! Os alunos celebravam, a equipe regozijava. Menos de cinco minutos depois do pouso, uma moto veio da vila com muita velocidade. Era a polícia. Queriam saber quem havia pousado, com que liberação. Não, eles não tinham nenhuma informação de que a pista estivesse aberta. Documentos, não, só veriam documentos na delegacia. Assim, em meio ao regozijo e à certeza de vitória certa, Rod e Ellie seguiram com o pastor Armando para a delegacia. Os alunos e vários integrantes da equipe permaneceram ao redor do avião, intercedendo, profetizando e regozijando (cada coisa a seu tempo). Outros da polícia vieram da cidade ver o que estava acontecendo. Chegavam a toda velocidade tentando intimidar, mas os alunos eram ainda mais intimidadores – oravam todos em línguas em voz bem alta! Os visitantes ficavam meio perdidos e logo humildemente perguntavam o que estava acontecendo. Era até engraçado!
Na delegacia os diretores ficaram mais de uma hora. Deus lhes deu um graça tão especial de serem cordiais e muito pacíficos, mesmo ante a brutalidade dos chefes da polícia. Por fim eles já não podiam ser mal educados e passaram a tratá-los com educação também. O processo todo demorou alguns dias, mas todos estávamos certos do resultado final. Alguns soldados ficaram vigiando o avião dentro do nosso campus ("Como se quiséssemos fugir com o avião!"). Foi uma boa oportunidade para membros da equipe e alunos testemunharem a eles e demonstrar-lhes o amor de Deus.
Enfim, toda situação, intentada por satanás para tirar nossa paz, trazer confusão e temor, resultou em grande glória para Deus, em testemunho para o nome dEle e fortalecimento da nossa fé e da fé dos alunos. Por isso dizemos que cada pedra lançada contra nós, tentando nos destruir é, na verdade, um degrau no qual podemos nos apoiar para subir ainda mais alto.
Por fim, os chefes da polícia de Inhaminga reconheceram que a pista está oficialmente aberta, pediram desculpas e tiraram os soldados do campus... tudo SEM PROPINA ALGUMA! Graças a Deus!
Alguns de vocês devem se lembrar de que no ano passado pedi oração sobre a situação da pista de pouso de Inhaminga. A pista fica na propriedade da escola bíblica e é simplesmente um longo pedaço de gramado onde o aviãozinho da missão sempre pousa. Esse avião foi doado ao ministério há muitos anos e tem sido usado pelos diretores para transportar comida à áreas de difícil acesso durante épocas de fome, transportes rápidos de emergência e tem se tornado ainda mais útil nos últimos anos em que a missão expandiu-se para duas outras áreas, Pomene (bem ao Sul de Moçambique) e Nacala (bem ao Norte) de difícil acesso por estradas de terra batida cheias de buracos.
Em 2004, logo antes das últimas eleições presidenciais houve uma grande confusão na vila de Inhaminga, com tiroteio entre alguns membros do partido de oposição e a polícia. Foi quase um início de guerra que assustou muito todo país. Por esse motivo, a pista de pouso foi fechada. O governo sempre desconfia que nosso ministério está fazendo contrabando de armas para a oposição – algo totalmente infundado e sem lógica. Assim, desde aquela época encontraram muitas desculpas para manter a pista fechada, e dificultando assim muito nossa movimentação.
Os diretores levaram a situação muitas vezes diante de Deus e todas as vezes receberam a paz de não vender o avião, pois ele ainda é uma ferramenta de Deus para sua obra. Sendo assim, mantiveram o avião em Zimbabwe, esperando o momento oportuno para voltar a usá-lo.
Esse ano, a informação de que a pista havia sido aberta! Aleluia, que grande alívio para todos. Mas esse foi somente o começo de uma batalha bem forte. Um piloto de outra fundação não governamental que tentou pousar em Inhaminga, com todas as autorizações verbais dos aeroportos e controles necessários, quase foi preso. Todos que lhe deram a autorização negaram tê-lo visto ou falado com ele. Foi um grande transtorno que demorou semanas para ser totalmente resolvido.
Mais uma vez informaram que a pista estava aberta. Rodney, diretor fundador da Afrika Wa Yesu decidiu trazer o avião que já não podia ficar em Zimbabwe pelos alto custos de estacioná-lo ali e dificuldades de documentação.
Numa semana em que o Espírito Santo estava agindo com grande força entre os alunos recém chegados em Inhaminga a data foi marcada para a chegada do avião. Todos os documentos necessários para o pouso foram liberados em Beira e Maputo, dessa vez escritos para evitar confusão.
Algumas noites antes do dia marcado, a equipe da missão se reuniu para orar. Deveríamos continuar com os planos? Ouvia-se o boato que os pedidos de outras organizações para pousar em Inhaminga haviam sido negados, sob a declaração de que a pista ainda estava fechada. Por que então Rodney conseguira os documentos? Seria uma emboscada, uma oportunidade para líderes políticos que não vêem com bons olhos o trabalho missionário prender nosso diretor? A decisão não era simples. Cancelar seria falta de fé, ou sabedoria e cautela? Seguir em frente seria demonstração de fé ou presunção? As conseqüências do que decidiríamos seriam grandes. Mesmo com os documentos escritos do governo, aqueles que conhecem como essas coisas são na África sabem que não há terreno seguro. Mas depois de orarmos e buscarmos a Deus, todos sentimos paz e confiança de que devíamos seguir em frente com os planos. As promessas de Deus em relação ao avião e ao que Ele intentava fazer eram reais e Ele seria fiel em cumprir sua palavra.
No Domingo, dia -, o avião chegou – depois de mais de dois anos! Os alunos celebravam, a equipe regozijava. Menos de cinco minutos depois do pouso, uma moto veio da vila com muita velocidade. Era a polícia. Queriam saber quem havia pousado, com que liberação. Não, eles não tinham nenhuma informação de que a pista estivesse aberta. Documentos, não, só veriam documentos na delegacia. Assim, em meio ao regozijo e à certeza de vitória certa, Rod e Ellie seguiram com o pastor Armando para a delegacia. Os alunos e vários integrantes da equipe permaneceram ao redor do avião, intercedendo, profetizando e regozijando (cada coisa a seu tempo). Outros da polícia vieram da cidade ver o que estava acontecendo. Chegavam a toda velocidade tentando intimidar, mas os alunos eram ainda mais intimidadores – oravam todos em línguas em voz bem alta! Os visitantes ficavam meio perdidos e logo humildemente perguntavam o que estava acontecendo. Era até engraçado!
Na delegacia os diretores ficaram mais de uma hora. Deus lhes deu um graça tão especial de serem cordiais e muito pacíficos, mesmo ante a brutalidade dos chefes da polícia. Por fim eles já não podiam ser mal educados e passaram a tratá-los com educação também. O processo todo demorou alguns dias, mas todos estávamos certos do resultado final. Alguns soldados ficaram vigiando o avião dentro do nosso campus ("Como se quiséssemos fugir com o avião!"). Foi uma boa oportunidade para membros da equipe e alunos testemunharem a eles e demonstrar-lhes o amor de Deus.
Enfim, toda situação, intentada por satanás para tirar nossa paz, trazer confusão e temor, resultou em grande glória para Deus, em testemunho para o nome dEle e fortalecimento da nossa fé e da fé dos alunos. Por isso dizemos que cada pedra lançada contra nós, tentando nos destruir é, na verdade, um degrau no qual podemos nos apoiar para subir ainda mais alto.
Por fim, os chefes da polícia de Inhaminga reconheceram que a pista está oficialmente aberta, pediram desculpas e tiraram os soldados do campus... tudo SEM PROPINA ALGUMA! Graças a Deus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário